Na eleição que consagrou Ricardo Nunes (MDB) como prefeito de São Paulo, o número de eleitores que se abstiveram de votar superou a quantidade de votos recebidos por seu adversário, Guilherme Boulos (Psol). Com 2.940.360 pessoas ausentes, a abstenção atingiu níveis alarmantes, o maior percentual desde 1992. Em contrapartida, Boulos obteve 2.323.901 votos, refletindo um cenário preocupante sobre o engajamento eleitoral na cidade.
Essa diferença significativa entre o número de abstenções e os votos do candidato opositor levanta questões sobre a participação cidadã e os fatores que podem ter contribuído para a desmotivação dos eleitores. A alta taxa de abstenção é um indicativo de que muitos paulistanos se sentiram distantes do processo eleitoral ou insatisfeitos com as opções disponíveis.
Com esse panorama, a eleição não apenas reafirma a vitória de Nunes, mas também sinaliza um desafio a ser enfrentado em futuras campanhas: como incentivar a participação do eleitorado e fortalecer a democracia na maior cidade do Brasil.