Órgãos de inteligência informaram ao Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) que 12 pessoas ligadas ao crime organizado foram eleitas no estado de São Paulo, sendo dez vereadores e dois prefeitos.
Segundo a Corte Eleitoral paulista, 70 pessoas com envolvimento com o crime concorreram nas eleições municipais deste ano.
Os nomes dessas pessoas não foram revelados até o momento, e o TRE-SP não informou em quais cidades os envolvidos foram eleitos, alegando se tratar de “informação sigilosa”.
Segundo a Justiça Eleitoral, os dados serão encaminhados ao Ministério Público para as providências cabíveis – por exemplo, averiguar se cabe Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) para apuração de gastos ilícitos ou abuso de poder econômico.
Em agosto, o chefe do centro de inteligência da Polícia Militar paulista, coronel Pedro Luís de Souza Lopes, afirmou durante o 18º encontro anual do Fórum Brasileiro de Segurança Pública que a atuação do Primeiro Comando da Capital (PCC) nas eleições era “muito maior do que (se) imaginava”.
– Não dá para falar que são 100, 200 municípios, mas tem vários com indícios palpáveis de alguma movimentação importante do tráfico participar como financiador de campanha eleitoral – afirmou o militar.
Segundo o Ministério Público do Estado de São Paulo, a facção movimenta cerca de R$ 1 bilhão ao ano. O carro-chefe da organização criminosa, já há alguns anos, é o tráfico internacional de cocaína, comprada de países vizinhos e enviada principalmente à Europa.
Investigações da Polícia Civil identificaram que os criminosos atuaram para tentar se infiltrar nas eleições, lançando candidatos aos cargos em disputa. O chamado “núcleo político” seria liderado por João Gabriel de Mello Yamawaki, acusado de ser um dos responsáveis por um dos maiores esquemas de lavagem de dinheiro da facção.
Pleno.News - 24/10/2024 21h38
Prédio do TRE-SP Foto: TRE-SP/Divulgação
Órgãos de inteligência informaram ao Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) que 12 pessoas ligadas ao crime organizado foram eleitas no estado de São Paulo, sendo dez vereadores e dois prefeitos.
Segundo a Corte Eleitoral paulista, 70 pessoas com envolvimento com o crime concorreram nas eleições municipais deste ano.
Os nomes dessas pessoas não foram revelados até o momento, e o TRE-SP não informou em quais cidades os envolvidos foram eleitos, alegando se tratar de “informação sigilosa”.
Segundo a Justiça Eleitoral, os dados serão encaminhados ao Ministério Público para as providências cabíveis – por exemplo, averiguar se cabe Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) para apuração de gastos ilícitos ou abuso de poder econômico.
Em agosto, o chefe do centro de inteligência da Polícia Militar paulista, coronel Pedro Luís de Souza Lopes, afirmou durante o 18º encontro anual do Fórum Brasileiro de Segurança Pública que a atuação do Primeiro Comando da Capital (PCC) nas eleições era “muito maior do que (se) imaginava”.
– Não dá para falar que são 100, 200 municípios, mas tem vários com indícios palpáveis de alguma movimentação importante do tráfico participar como financiador de campanha eleitoral – afirmou o militar.
Segundo o Ministério Público do Estado de São Paulo, a facção movimenta cerca de R$ 1 bilhão ao ano. O carro-chefe da organização criminosa, já há alguns anos, é o tráfico internacional de cocaína, comprada de países vizinhos e enviada principalmente à Europa.
Investigações da Polícia Civil identificaram que os criminosos atuaram para tentar se infiltrar nas eleições, lançando candidatos aos cargos em disputa. O chamado “núcleo político” seria liderado por João Gabriel de Mello Yamawaki, acusado de ser um dos responsáveis por um dos maiores esquemas de lavagem de dinheiro da facção.
A defesa de Yamawaki, que teve prisão decretada, alega que as acusações são infundadas e carecem de provas concretas.