Após o colapso da Mina 18, que fica no bairro do Mutange, nesse domingo (10), pescadores denunciaram, na manhã desta segunda-feira (11), a mortandade do sururu e, também, de outros animais que circulam pela região da Lagoa Mundaú. As imagens foram feitas pela reportagem do Jornal da Mix, 98.3 Fm.
De acordo com o pescador Waldemar Waldomiro, conhecido como seu Dida, o sustento de várias famílias que trabalham comercializando sururu foi prejudicado, já que o molusco começou a morrer na lagoa.
“Acabei de chegar da lagoa. Eles querem crescer, um morre, o outro fica por cima, insistindo, e não tem condições de sobreviver. A gente está vendo que esse sururu não foi morto por causa de molusco que veio da África, mas por causa da Braskem”, disse seu Dida.
Até mesmo uma garça foi encontrada morta dentro da lagoa. Segundo ele, nunca foi constatada a morte desse tipo de animal na região. “Seria bom que o IMA fizesse exame nela para saber o motivo da morte, mas, por aqui, a gente nunca viu isso”.
Equipes do Instituto do Meio Ambiente (IMA) estão no local fazendo coleta para comparar com dados obtidos antes do colapso, a fim de ver os níveis de salinidade da água e outros impactos que estão acontecendo após o rompimento da mina.