O economista André Perfeito avalia que os dados do IPCA vieram alinhados com as expectativas, o que reforça a perspectiva de juros elevados no curto prazo, na política monetária contracionista. E pontua que a pressão continua disseminada no grupo alimentação onde ovo e café apresentam alta de dois dígitos e, no grupo Habitação a alta de Energia Elétrica e Taxa de Água e Esgoto também são destaques.
“Dificilmente a Autoridade Monetária terá espaço para sinalizar um fim de ciclo de alta de juros nas próximas reuniões”, conclui o mestre em Economia Política.
O IBGE detalhou que, entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados, a maior variação foi registrada pelo grupo Educação (4,70% e 0,28 p.p.), seguido de Habitação (4,44%), responsável pelo maior impacto (0,65 p.p.) no índice do mês.
“Destacam-se, também, as altas nos grupos Alimentação e bebidas (0,70%) e Transportes (0,61%). Juntos, os quatro grupos respondem por 92% do índice IPCA de fevereiro. No grupo Educação (4,70%), a maior contribuição veio dos cursos regulares (5,69%), por conta dos reajustes habitualmente praticados no início do ano letivo. As maiores variações vieram do ensino fundamental (7,51%), do ensino médio (7,27%) e da pré-escola (7,02%)”, relatou o IBGE.
Veja os dados do IPCA: