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Brasil

Custos das estatais explodem e lucros desabam no governo Lula

Publicada em 09/12/24 às 06:23h

Genival Silva com Diário do Poder


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Custos das estatais explodem e lucros desabam no governo Lula
 (Foto: Diário do Poder)

O governo Lula (PT) enfrenta críticas pela retomada do aumento nos custos das estatais federais, especialmente com a expansão da folha de pagamento e o impacto nos resultados financeiros dessas empresas. Após quatro anos de redução no número de funcionários e um aparente controle sobre os gastos com pessoal, o quadro voltou a se inverter em 2023, com um crescimento significativo nas despesas e uma queda acentuada no lucro das estatais.

Segundo o Relatório Agregado de Empresas Estatais Federais, em 2023, o governo gastou R$130,2 bilhões com salários, benefícios, aposentadorias e planos de saúde especiais dos funcionários de estatais — um aumento considerável em relação aos R$115,8 bilhões registrados em 2022. Esse montante é o maior desde 2020, mesmo quando corrigido pela inflação, refletindo uma escalada nos custos operacionais das empresas estatais.

Expansão da Folha de Pagamento

O crescimento da folha salarial é um dos fatores que mais chama atenção. Após uma década de ajuste fiscal e redução no número de servidores, em 2023 o número de funcionários das estatais federais voltou a crescer. Se em 2022 o total de empregados era de 434 mil, em 2023 o número subiu para 436,3 mil, um aumento modesto, mas significativo em termos de impacto fiscal, principalmente considerando o cenário de redução de resultados financeiros.

Essas empresas, além de pagarem altos salários, oferecem uma série de benefícios como aposentadorias especiais, planos de saúde exclusivos e outros privilégios, que não estão sujeitos ao teto salarial do funcionalismo público. O que tem gerado uma crescente insatisfação, pois muitos consideram que os custos com pessoal estão descolados da realidade financeira dessas estatais.

Lucros em Queda

Enquanto os custos aumentam, os resultados das estatais apresentaram um cenário alarmante. Em 2023, o lucro das estatais caiu 28%, um reflexo de sua baixa rentabilidade e da dificuldade em melhorar sua performance operacional. Além disso, o faturamento das estatais teve uma queda de 5,2% no mesmo ano, o que demonstra a crescente ineficiência em relação ao aumento de despesas com pessoal.

Essa queda nos lucros e no faturamento ocorre em meio a um cenário econômico desafiador e, segundo analistas, reflete uma gestão menos eficiente, que, apesar do aumento dos recursos humanos e dos custos operacionais, não conseguiu gerar os resultados financeiros esperados.

Empresas Que Mais Onaram a Folha

Os cinco maiores empregadores de estatais federais respondem por cerca de 82% do total de funcionários: Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Correios, Petrobras e Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares). Essas corporações, que historicamente têm grande peso no orçamento do governo, têm absorvido uma fatia significativa das despesas, mas também estão entre as que mais apresentam desafios financeiros.

Em particular, a Petrobras e os Correios têm enfrentado dificuldades operacionais e de rentabilidade, enquanto o Banco do Brasil e a Caixa continuam a representar um alto custo, mas com um retorno financeiro mais consistente, ainda que aquém das expectativas.

Consequências para a Gestão Fiscal

O crescimento dos custos com pessoal nas estatais coloca em risco a sustentabilidade fiscal do governo federal, especialmente em um momento de ajuste nas contas públicas. A gestão eficiente das empresas estatais é fundamental para que o governo consiga equilibrar suas finanças, principalmente em um cenário em que o crescimento do PIB é lento e a arrecadação de impostos tem sido impactada por diversos fatores econômicos.

A política de aumento de pessoal e benefícios nas estatais, combinada com a queda nos lucros e faturamento, levanta questionamentos sobre a sustentabilidade de um modelo de gestão que privilegia a expansão da folha de pagamento sem a correspondente melhoria nos resultados financeiros.

O Desafio para o Governo

A gestão do governo Lula se encontra diante de um desafio complexo: equilibrar a necessidade de investimentos públicos em setores essenciais, como saúde, educação e infraestrutura, com a pressão pela contenção de gastos nas estatais. Em tempos de recursos limitados, um aumento constante nos custos com pessoal nas empresas públicas pode comprometer ainda mais a capacidade do governo de atender outras demandas da população.

Em resumo, o cenário das estatais no governo Lula tem mostrado uma disparidade entre os altos custos com funcionários e os baixos resultados financeiros, criando um ambiente de crescente insatisfação entre analistas econômicos e a população. O próximo passo será avaliar como o governo enfrentará esse dilema, buscando medidas para melhorar a eficiência dessas empresas e evitar que os custos continuem a crescer sem a geração proporcional de resultados.




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