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Governo usa Enem para atacar o agronegócio em prova nacional

Publicada em 06/11/23 às 08:30h

Compre Rural Notícias


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Governo usa Enem para atacar o agronegócio em prova nacional
 (Foto: Compre Rural Notícias)
Uma das perguntas do ENEM baseada em Marx ataca o agro: “MST é resistência camponesa”. A inclusão desse conteúdo no exame gerou controvérsia, principalmente porque o agronegócio é um pilar do crescimento econômico brasileiro As provas do primeiro dia do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) 2023 foram aplicadas neste domingo (5). 

Os candidatos resolveram questões das áreas de Linguagens e Ciências Humanas e produziram uma redação. Realizado no fim de semana, a prova apresentou aos estudantes questões com elogios ao escritor Paulo Freire, ataques ao agronegócio e críticas ao capitalismo. Trata-se da primeira prova sob o governo terceiro mandado do Presidente Lula (PT). 

O teste é aplicado pelo Ministério da Educação (MEC) e elaborado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, vinculado ao MEC. A avaliação exigiu conhecimentos sobre língua portuguesa, interpretação de texto e redação. A segunda etapa, que envolve matemática e ciências da natureza, vai ocorrer no dia 12.

O que chamou atenção na prova foram os ataques ao agronegócio, setor que é um dos responsáveis pelo desenvolvimento social e econômico do país. Dentro da prova, o ENEM deste ano incluiu em suas questões um estudo que analisa o impacto do agronegócio sobre o campesinato no Cerrado brasileiro, com referências às ideias de Karl Marx. 

A inclusão desse conteúdo no exame gerou controvérsia, especialmente pelo agronegócio ser um pilar do crescimento econômico brasileiro e um setor vital para o PIB do país, respondendo por cerca de 25%. Críticos questionam a adequação de utilizar o ENEM, uma ferramenta educacional com o propósito de avaliar e preparar estudantes para o ensino superior, como meio para destruir e criminalizar o setor vital para a segurança alimentar mundial.

Não há muita surpresa, tendo em vista que o documento de referência para a Conferência Nacional de Educação 2024 (Conae), publicado pela Presidência da República e pelo Ministério da Educação (MEC), que tem como objetivo abordar várias questões educacionais, trouxe itens que destaca-se a intenção de reduzir a influência do agronegócio nas salas de aula. Além disso, propõe o fim das escolas cívico-militares no país. 

Enem 2023 e os ataques ao agronegócio A questão 70 (caderno branco) alerta para o “avanço da soja” na Amazônia, que seria responsável pelo desmatamento do bioma, e responsabiliza “grileiros, madeireiros e pecuaristas”. Conforme o gabarito extraoficial divulgado pelo MEC, a resposta que melhor explica o problema é a apropriação de terras devolutas, por esses agentes.






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