O economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini, ressaltou que os países cujas moedas tiveram resultados piores que o real estão em crise econômica, como é o caso da Argentina, ou enfrentam algum problema de confronto civil, como ocorre nas nações africanas.
Para economistas, o quadro fiscal brasileiro seria um dos fatores que ajudou a desvalorizar o real nos últimos meses. Em abril deste ano, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou uma mudança na projeção fiscal do Brasil, que passou a ser de déficit zero para 2025 — e não mais de superávit de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB), como previsto até o ano passado.
Outro fator que teria contribuído para a alta do dólar e, consequentemente, para a desvalorização de outras moedas, seriam os conflitos internacionais. Com o aumento dos embates, há uma fuga dos investimentos para o dólar, que é considerado mais seguro, o que deixa a moeda norte-americana mais valorizada frente a outras.